Informativo Mensal

Junho/2024

No dia 12/06, foi divulgado os dados de CPI (Índice de Preço do Consumidor) dos EUA, os quais vieram abaixo das expectativas do mercado, gerando probabilidades benignas entre participantes do mercado, esses dados antecederam a reunião do Banco Central Americano (FED), ocorrida no mesmo dia, para decisão da faixa de taxas de juros. Ainda assim, em sua decisão o FED manteve a sua taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,5% pela sétima reunião seguida, com os seus Diretores enfatizando que precisariam de vários meses seguidos de dados de inflação amena para iniciar um ciclo de cortes, adotando uma abordagem conservadora ao postergar esse ciclo, sinalizando apenas um corte no ano, em dezembro. Apesar de sinalizar uma política mais restritiva, o órgão não descartou a possiblidade de haver dois cortes ainda esse ano.

No Brasil, o âmbito fiscal testemunhou deterioração das expectativas fiscais do país. No começo do mês, o governo enfrentou entraves com a medida provisória, que buscava limitar o sistema de créditos PIS/Cofins. A qual tinha objetivo aumentar arrecadação para cobrir perdas com a manutenção da desoneração da folha de pagamento. Falas recorrentes do Presidente Lula que reforçaram a ideia de o governo buscar um equilíbrio fiscal por meio do aumento de receitas geraram mal-estar entre os analistas do mercado. Em entrevista à Uol (26/06), Lula descartou desvincular o piso das aposentadorias do salário-mínimo. Além disso, a desancoragem das expectativas de inflação de longo prazo, a piora na taxa de câmbio e núcleos mais resistentes de inflação, incentivaram uma mudança no rumo da política monetária. No dia 12 de junho, em uma decisão unânime, o Copom encerrou seu ciclo de cortes, mantendo a Taxa Selic inalterada em 10,50%. Segundo o relatório Focus, que mede as expectativas de mercado, a mediana das expectativas de inflação para 2025 e 2026 aumentaram gradativamente durante o mês, para 3,85% e 3,60%, respectivamente, ainda acima da meta de 3%. Esses ruídos nos campos da política fiscal e monetária geraram volatilidade nos ativos domésticos.

Depois de um desempenho desencorajador de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu, o Presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu convocar novas eleições parlamentares. Na Índia, o partido do Presidente Narendra Modi venceu a eleição nacional, no entanto, com resultados aquém dos esperados. No Reino Unido, a inflação convergiu para a meta de 2%. A eleição geral, convocada no mês passado, ocorrerá no começo de julho. A expectativa é de que Keir Starmer, do Partido Trabalhista, vença o pleito. Nos Estados Unidos, houve o primeiro debate entre os candidatos à Presidência, Trump e Biden. Por fim, uma tentativa fracassada de golpe militar na Bolívia gerou condenações por parte da comunidade internacional.

Neste contexto, no mês a performance dos índices de renda fixa foram os seguintes, títulos públicos prefixados (NTN-F e LTN ou Tesouro Prefixado) -0,29% no mês, títulos públicos indexados à inflação (NTN-B ou Tesouro IPCA) -0,97%, e os títulos públicos pós-fixados (LFT ou Tesouro SELIC) 0,81%, enquanto, o ativo livre de risco representado pelo CDI, rentabilizou 0,79%.

No mercado de ações, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, apresentou performance de 1,48%. No exterior, MSCI World, apresentou uma performance de 1,93%, enquanto o S&P 500 e Nasdaq, rentabilizaram 3,47% e 6,18%, respectivamente.